
Nasceu em Luanda, em 1966 e vive e trabalha atualmente em Lisboa, cidade onde realizou a sua formação em Artes e onde, complementarmente, frequenta ações formativas apostando em áreas como desenho, gravura, cerâmica, ilustração ou caligrafia. Patrícia Magalhães é a autora da última exposição a passar pela galeria do Centro Cívico Edmundo Pedro, entre 24 de outubro e 20 de novembro do ano passado. Enquanto aguardamos pela reabertura do espaço ao público, deixamos-lhe uma curta entrevista à artista, guiada pela curadora deste espaço cultural da freguesia, Tânia Caeiro.
Como começou a tua relação com a pintura e o desenho?
Desenho desde que me conheço. Tenho memórias bem antigas – umas minhas e outras que me foram contadas em família – estava sempre a fazer bonecos, a rabiscar, a fazer pequenas esculturas com arames, a sobrepor vidrinhos coloridos… Recordo-me de reações aos meus desenhos, da primária ao secundário. Desenhar foi o que sempre quis fazer mas a vida, às vezes, atropela-nos e só muito recentemente é que consegui voltar a dedicar-me, por inteiro, ao desenho.
Quais/quem são as tuas influências?
Esta é difícil de responder. Genericamente, diria que a resposta seria ”tudo e todos”. Considero-me um recetáculo dos impulsos com que, permanentemente, me cruzo. Seja enquanto espetadora ou como interveniente, na partilha de experiências com outros artistas, no aprofundar de conhecimento, na experimentação de técnicas, enfim, acho que sou um somatório disso tudo, ao que depois se juntam outros estímulos que também mexem comigo, no cinema, na música, na simples contemplação da natureza ou do quotidiano… Para dar uma resposta mais concreta, se nesta fase tivesse que escolher algumas referências, então nomeava quatro gigantes: Henri Matisse e Constantin Brancusi por um lado, Álvaro Lapa e Joaquim Bravo, por outro.
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